Política Nacional de Resíduos Sólidos: 15 anos de avanços e desafios
Em agosto de 2010, o Brasil deu um passo importante rumo à sustentabilidade ao sancionar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A lei estabeleceu metas ambiciosas: reduzir a geração de resíduos, ampliar a reciclagem, erradicar os lixões e implementar a coleta seletiva em todo o país.
Quinze anos depois, os resultados ainda são contraditórios. Houve avanços relevantes, mas muitos desafios continuam no caminho.
Avanços conquistados pela PNRS
A PNRS trouxe mudanças importantes, como:
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Maior conscientização da sociedade sobre a importância da separação de resíduos;
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Criação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, mesmo que somente em 2022;
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Expansão da discussão sobre economia circular, colocando o Brasil no radar internacional;
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Reconhecimento e valorização do trabalho dos catadores de materiais recicláveis, essenciais para o sistema de reciclagem.
Desafios que permanecem
Apesar dos avanços, muitos objetivos ainda estão longe de serem atingidos:
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A coleta seletiva ainda é baixa e desigual entre regiões;
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Os lixões a céu aberto ainda existem em diversos estados;
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A compostagem de resíduos orgânicos segue em patamares muito baixos, desperdiçando um enorme potencial de geração de energia e adubo;
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A incineração ainda é debatida como solução, mas especialistas apontam alternativas mais seguras e sustentáveis, como a biodigestão.
De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024, apenas 59% dos resíduos tiveram destinação ambientalmente adequada, um avanço tímido em relação a 2022 (57%).
O futuro da gestão de resíduos
Para que a PNRS cumpra o seu papel, é necessário:
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Fortalecer a responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e cidadãos;
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Investir em tecnologias de reciclagem e logística reversa;
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Expandir práticas de economia circular, reduzindo perdas e transformando resíduos em recursos.
O compromisso da Juntapel
Acreditamos que acompanhar os avanços da PNRS e incentivar práticas inovadoras é fundamental para transformar a realidade da gestão de resíduos no Brasil. Nosso trabalho vai além da gestão: buscamos educar, inovar e criar soluções inteligentes que conectam sustentabilidade e eficiência.
Olhando para os próximos anos, temos a oportunidade de transformar os desafios em resultados concretos. Afinal, o futuro da gestão de resíduos é coletivo, e precisa ser cada vez mais circular.