Quais são os Perigos dos Lixões a Céu Aberto
Tratar sobre os perigos dos lixões a céu aberto é um assunto de suma importância para a sustentabilidade do nosso meio ambiente, mas infelizmente é pouco abordado em nosso cotidiano.
Desde muito cedo, ainda crianças, nos ensinam a jogar fora restos de comida, embalagens de alimentos e alimentos, brinquedos quebrados e tudo aquilo que não vamos mais utilizar. Resumindo, nos ensinam a descartar um monte de resíduos sólidos.
O que falta ensinar desde cedo, porém, é a conscientização de para onde vai todo esse “lixo” que descartamos e como se realiza o descarte correto desses resíduos não mais utilizados por nós.
O que são resíduos?
Se você tem dúvida do que é lixo e do que é resíduo, não se preocupe. Na verdade os dois significam a mesma coisa, apenas são nomenclaturas diferentes. De uma forma simples, resíduo é tudo aquilo que não é aproveitado por qualquer atividade humana.
Os resíduos podem ser diferenciados em quatro categorias, que são: secos, úmidos, perigosos e rejeitos. Vamos entender qual lixo vai em cada categoria?
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Resíduos Secos: principalmente plástico, vidro, metal e papel;
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Resíduos Úmidos: basicamente restos orgânicos, alimentos (cozidos ou não);
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Resíduos Perigosos: pilhas, baterias, lâmpadas, aparelhos eletrônicos, entre outros;
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Rejeitos: cortiça, couro, papel higiênico, fraldas, cerâmica, trapo, entre outros.
E quanto nós geramos de cada tipo de resíduo?
No último levantamento, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2018, no Brasil foi gerado um total de 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. Esse dado representa um aumento de pouco menos de 1% em relação ao ano anterior.
Desse montante, 92% (72,7 milhões) foram coletados - uma alta de 1,66% em comparação ao ano anterior, o que mostra que a coleta aumentou num ritmo um pouco maior que a geração. O dado preocupante é que 6,3 milhões de toneladas de resíduos ficaram sem ser recolhidos nas cidades.
E para onde vão esses resíduos?
Desde que o sistema de coleta de resíduos urbanos se estabeleceu nas cidades brasileiras, a grande maioria delas enviam seus resíduos para locais inadequados ao recebimento, ou seja, os famosos lixões a céu aberto.
Os lixões a céu aberto são locais onde todo tipo de resíduo é disposto sem nenhum controle. Eles causam graves problemas para a saúde da sociedade e do meio ambiente. Mas você os motivos?
Bom, a decomposição dos resíduos produz gás metano (CH4) que é responsável por agravar o efeito estufa. Além disso, existe também a produção de chorume, um líquido altamente poluente que, ao infiltrar o solo e alcançar os lençóis freáticos, contamina a água para consumo.
Para se ter uma ideia real do problema, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), as regiões Norte e Nordeste do Brasil dispõem 75% dos resíduos em locais inadequados, como lixões a céu aberto e aterros controlados. Já a região Sudeste dispõe 45% do seu lixo de maneira inadequada.
Fazendo uma relação direta com a saúde da população, de acordo com a International Solid Waste Association (ISWA), o Brasil gasta em média R$1,5 bilhão anual com o sistema de saúde pública em decorrência dos lixões a céu aberto.
Ainda não está convencido dos perigos dos lixões a céu aberto? Então saiba que a estimativa é que cerca de 1% da população brasileira desenvolva doenças graças à destinação inadequada dos resíduos sólidos.
O que são lixões a céu aberto e como combater essa prática?
O lixão a céu aberto é uma forma inadequada de disposição dos resíduos. É uma simples disposição dos resíduos no solo a céu aberto, sem nenhuma proteção com o meio ambiente e a saúde pública.
Por outro lado, os aterros sanitários são obras complexas de engenharia que funcionam como local de disposição final dos resíduos sólidos. Nesses aterros, o solo é impermeabilizado de forma que o chorume não infiltre o chão do terreno e não alcance o lençol freático.
Além disso, há uma drenagem das águas pluviais e um tratamento de chorume e gases oriundos da decomposição dos resíduos. Essas ações objetivam o menor impacto possível ao meio ambiente.
Para isso, os aterros sanitários deveriam receber somente os rejeitos. O problema, no entanto, é que eles estão sendo superlotados com resíduos passíveis de reciclagem, principalmente material orgânico. Para percebermos o quanto temos que avançar, um estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), em 2016, apontou que somente 18% dos municípios brasileiros realizam, com alguns resultados positivos, a coleta seletiva.
Para combater essa prática é preciso, primeiro, buscar informações sobre como é a gestão dos resíduos na sua cidade. Saber em qual dia há a coleta seletiva, onde são os pontos de coleta de resíduos perigosos e, caso você gere algum tipo de resíduo diferente do habitual, se informar quanto à destinação correta.
As empresas responsáveis pela coleta usualmente informam, nos próprios sites ou central de atendimento via telefone, todas as informações pertinentes à coleta de cada resíduo.
Depois, é preciso fazer a sua parte e separar os resíduos, principalmente entre secos e úmidos. Os úmidos, provavelmente, vão ser coletados pela coleta convencional, mas caso haja alguma outra forma de destinação, que seja melhor, você deve fazê-la. Já os secos serão coletados pela coleta seletiva, de forma a serem enviados ao processo de triagem, verificando o que realmente será aproveitado na reciclagem.
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