Entendendo os Símbolos de Reciclagem
Você entende os símbolos de reciclagem presentes nas embalagens dos produtos que você utiliza? Essa é uma informação importante, mas que na grande maioria das vezes passa batido pelos consumidores.
São muitos modelos presentes nas embalagens que servem para indicar quando um material é reciclável ou não; sua composição e também qual a melhor forma de descarte. A Associação Brasileira de Embalagens, inclusive, disponibiliza cartilhas de rotulagem e simbologia para orientação ao mercado. Contudo, a ABRE não é um órgão regulador, logo, não existe fiscalização.
O que são as cartilhas de rotulagem?
As cartilhas de rotulagem são baseadas nas normas NBR ISO 14.021:2004 e NBR 13.230:2008, publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No momento não existe legislação nacional (e também em outros países) sobre a aplicação da simbologia de reciclagem.
O mais conhecido dos símbolos de reciclagem, o triângulo formado por três setas, começou a ser utilizado pela indústria do papel e se transformou em referência mundial como símbolo padrão de reciclagem.
A simbologia de materiais plásticos prevê a identificação de seis categorias, mas há também uma sétima opção quando existe a mistura dos tipos anteriores. Já os símbolos para aço, vidro e alumínio foram estabelecidos de acordo com cada setor e são referências nesses mercados (apesar de não existir norma específica e, então, não haver padrões estabelecidos para sua aplicação).
Diferença entre rótulo e símbolo
Os rótulos servem para agregar informação ou valor subjetivo ao produto e a sua embalagem, estimulando a demanda por opções que causam menos impacto ambiental. É, portanto, uma declaração de responsabilidade do fabricante do produto e precisa de comprovação por estudo ou pesquisa, pois pode interferir na decisão de compra.
De acordo com a ABRE, a rotulagem aparece nas embalagens em forma de adjetivos ou frases como “produto ecológico”, “ecoeficiente”, “feito com material reciclado”.
Já a simbologia é uma referência da reciclabilidade do material, tanto para o mercado quanto para os consumidores. Diferente dos rótulos, não precisa ser comprovada. Seu uso serve para orientar uma ação.
O objetivo da simbologia é informar qual é a composição dos materiais e qual a destinação correta, por exemplo, se são recicláveis ou não. A sua importância se dá por dois motivos:
-
ajudar os consumidores a destinar os materiais corretamente e a separá-los nos respectivos coletores.
-
contribuir para que a cadeia de reciclagem funcione melhor, pois servem de guia aos trabalhadores da coleta seletiva na triagem dos materiais.
Entenda os símbolos de reciclagem
Os símbolos podem ser aplicados sozinhos ou com a descrição do material: aço, alumínio, vidro, PET, PVC, entre outros. Além desses, o símbolo de descarte seletivo também deve estar presente.
Quando o material contém componentes diferentes, as práticas variam, podendo ser usado o símbolo do material predominante ou de onde se inicia o processo de reciclagem.
Para a ABRE, a simbologia de identificação de materiais para reciclagem deve ser colocada somente nas embalagens que podem ser recicladas no Brasil. Para isso, os fabricantes dos produtos precisam se certificar de que a tecnologia para reciclagem existe no país.
Quando a embalagem em questão não for passível de reciclagem aqui no país, o símbolo usado deve ser o de lixo comum (anti-littering).
Contribuindo com a reciclagem, os símbolos de embalagens plásticas de embalagens contém o código de identificação da resina, normalmente um número de 1 a 7 dentro de um triângulo de três setas e a sigla do material abaixo para indicar o tipo específico de plástico daquele produto.
Este código costuma estar presente na base do frasco ou no verso da embalagem. Com os símbolos de identificação, fica mais fácil recuperar os materiais plásticos descartados, pois eles contribuem para a separação correta e para a revalorização do produto como matéria-prima.
O código 7 é usado em embalagens fabricadas com uma mistura de resinas ou com resinas sem códigos definidos pela norma NBR 13.230:2008, como policarbonato – PC e poliamida – PA.
Importante ressaltar que tecnicamente todos os tipos de plásticos podem ser submetidos à reciclagem mecânica, porém alguns materiais não são reciclados por questões relacionadas ao seu valor econômico como matéria-prima, volume de material disponível, logística de coleta e separação ou ausência de tecnologia de reciclagem na região.
Já as embalagens BOPP, aquelas comuns para salgadinhos e o isopor, são exemplos de plásticos que são considerados rejeitos na maior parte do Brasil. Ou seja, isso significa que não são reciclados e acabam em aterros sanitários.
Seja consciente quanto ao descarte correto
É nosso papel fazer o descarte correto dos resíduos, principalmente seguindo a simbologia indicada nas embalagens. Da mesma forma, se você identificar algum erro nos símbolos, você pode entrar em contato com a empresa para que solucionem o equívoco.
Aprendendo como funciona a relação dos símbolos com o descarte correto, precisamos ser conscientes e contribuir para uma indústria mais sustentável.
Soluções para gestão de resíduos
A Juntapel, desde 1986, pratica uma gestão inteligente para os resíduos, reduzindo os danos ao meio ambiente, sempre em sintonia com o objetivo do aproveitamento máximo dos materiais e em satisfazer as necessidades de cada cliente.
Oferecemos também uma consultoria ambiental especializada para atender todos os tipos e tamanhos de negócio.
Entre em contato e conheça as nossas soluções para a sua empresa!